quinta-feira, 4 de março de 2010

Viagem Interior ao Alto e Baixo Egipto

3 de Março de 2010

Acabei de chegar de uma Viagem Interior ao Alto e Baixo Egipto, deixando que tudo em mim fluisse ao ritmo da corrente do grande Nilo. O Crimson Circle organizou uma «peregrinação» pelos locais antigos onde tantos de nós deixámos Aspectos de tonalidades múltiplas, desde os mais feridos e negros aos mais claros, alegres e luminosos.
Foram tantas as bençãos quanto os passos dados pelos velhos lugares de culto. Adamus falou-nos e esclareceu-nos. Foi uma viagem de «recolha de Si Mesmo», um périplo de Integração e Maestria.
Ainda me sinto debaixo da magia e do fluxo indescritível das energias, e portanto pouco propensa a grandes comentários e descrições.

Cumpri a minha promessa feita há milénios atrás, de regressar conscientemente áquele chão do templo de Ísis onde iniciei o reencontro comigo mesma, e donde fui expulsa e massacrada pelo ódio e a intolerância de tempos de escuridão. Revi-me a mim mesma de olhos abertos, pisando o chão sagrado. Reconciliei-me com essa mágoa e chamei-a a mim, aliviado o fardo da minha dor em compaixão e entendimento. Esta é a época da Integração, da Nova Consciência. A época em que prometi a mim mesma completar o ciclo das experiências. E cumpri. Estive lá, de novo, e tão diferente. Tão diferente! Sorrio para mim mesma. Cumpri.

Agora é um tempo novo, uma nova vida. Descobri (ou relembrei) a minha nota musical única, límpida e clara, tal como foi reverberada no âmago da câmara das Iniciações da Grande Pirâmide. Estava lá ainda o meu eco, e o de todos os que se permitirem ouvir. Entrei dentro dos meus próprios passos antigos, vesti as energias que eram minhas e que estiveram ali presentes por tanto tempo. Agora estão dentro de mim. E onde quer que eu vá ou pise, elas caminham agora comigo, fazendo parte de mim. Já não ficaram lá mais, sozinhas, à espera do meu regresso.

O Nilo é tão doce! Fluir na sua largueza de águas e cores, é em si mesmo um acto místico. Respirar ali conscientemente, não é um esforço. É fundir-se no fluxo da maré e do vento, na doçura do ar e no mistério das águas fundas. As íbis voavam por cima de nós em celebração. Os corvos vinham roubar-nos descarados os biscoitos servidos no deck. Vinham ver se era verdade que estávamos ali... de regresso ao local onde emergimos da grande gruta interna.

O grande ciclo fechou-se. Tudo o que eu viver agora será de facto... Novo.

Obi-on!...

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